domingo, novembro 28, 2010

A noite.

A noite? Essa corre, como se algo lhe tivesse colocado o medo nos olhos. Via-se, triste, correndo para além dos montes. Sorria, pouco, e indecisa, mas sorria, ainda com o medo nos olhos. Causa-me impressão ta sua tremenda tristeza. O céu, ficara coberto de cores negras e cinsentas. A luz da noite reduz-se a nada e a escuridão toma conta dos meus sonhos, tornando-os cruéis, ou demasiados feios aos meus olhos. À noite, é quando sinto o frio com força, a bater-me na cara, como se me quisesse fazer chorar, por todas as coisas más que pude ter feito. Achando eu que não o tenha feito em alguma vez da minha vida. Estranho, é, quando esta noite chora, zangada com o mundo, zangada consigo, por ter vento, chuva, escuridão associado a ela.

Por vezes, sinto-a chorar.

sexta-feira, novembro 26, 2010

É estranho...

Os momentos, em que, o coração sofre de ataques, estando eu desprevenido, causam sensações estranhas, capazes de me fazer enlouquecer. De, me calar até ao ponto em que na minha cabeça sinta insatisfação. São loucuras de uma grande emoção que sinto no coração. Não é paixão, se não uma comichão no couro cabeludo que me faz intrigar porque me sinto estranho quando a pessoa que me está perto do coração, ora me faz sentir ódio, ora amor. É estranho, como muitas vezes sinto as duas coisas. Aquele ódio de lhe querer chegar a oferecer uma data de chapadas, capaz de a fazer chorar, assim como marcar-lhe a cara com a minha mão. Ou, outro em que só me apetece tê-la nos meus braços por um grande período de tempo. Ela é assim, Linda aos meus olhos, estranha no meu coração. É um amor-ódio, capaz de cometer até o acto mais estúpido e egoísta. 

É estranho...

(Peço desculpa, por não serem colocados mais textos, mas é que, a outra autora, também não posta desde o seu ultimo, por isso, o blog está assim... Meio parado.)

quarta-feira, julho 22, 2009

Há quem diga...

Há quem diga que sem amigos não se vive...
Há quem diga que sem religião não se vive...
Há quem diga que sem amores não se vive...

O coração finge sentir o que ainda nem pronto está para sentir. Sente-se obrigado a abdicar de corações mais pequenos e mais frágeis, que os junta na tentativa de várias tendências compostas fora dele mesmo. Imagina situações de irrealidade e que ainda não houve tempo para acontecer, para nos manter preparados para o que vir a acontecer. Fala mal e critica de forma destrutiva tudo o que lhe é diferente e indiferente. Até ao dia em que se apercebe de que aquilo que passou a vida a fazer, já não é mais do que uma auto destruição.

Que deixem falar os corações de todas as destruições e doenças apanhadas pelo ar e toques suaves. Deixem esses corações falar e dizer-me bem alto mesmo perto do ouvido, tapando o outro, e abrindo a minha mente, que me digam as coisas boas que poderei vir a sentir e as más coisas que poderei vir a evidenciar. O amor é cego e eu estou a metade de ficar como ele. Sei que as coisas não ficam como esperamos e permanecem felizes como sempre quisemos. E sei também que por muitas desilusões que tive na vida, nenhuma será maior do que saber que o mundo que vejo hoje, um dia já não será visto. Essa será a minha maior desilusão. Por muito que o amor me cause apertos de coração, ataques de ansiedade, de nervos, de depressão, sei que nem sempre terei de sofrer de tal maneira para receber um sorriso e um abraçado do tamanho da minha imaginação...

Aguardo sempre por alguém...
Há quem diga...?! Deixa dizer...!!

quinta-feira, julho 09, 2009

Perdendo o naturalismo

Cresci a tempo inteiro, com pessoas que muitas dizem estar a ser mal vivido. Os pais, não deveriam ser amigos, deveriam ser apenas pais. Para mim, e parte da minha vida, sempre os considerei como pais, não amigos. Porque amigos sempre foram e nunca muda o que sinto por eles. São meus amigos e pais ao mesmo tempo. É estranho dizer isto, mas... É com grande satisfação que digo, que tenho orgulho em ter os pais que tenho. É como um milagre. Cada pessoa. Não poderia sair outra pessoa, a não ser eu. E aquilo que fizeram para que eu me torna-se alguém na vida. Alguém valioso... Mas isso... Isso já o sou desde que o amor lhes bateu à porta no coração deles os dois.

O mínimo que faz o que sou, é/foi devido aos meus pais. A maioria, são amigos (da net), e a relação que tenho para comigo mesmo. Sou amigo de mim mesmo. E os meus pais, que sempre tive a tempo inteiro são apenas pais/amigos. Uns dizem... tens sorte nos pais que tens, eu aproveitava. E eu apenas penso. Será que os estou a aproveitar da pior maneira? Sempre me pergunto e sempre tenho várias respostas. Que sim, realmente não sei dar valor aos pais que tenho, por outro lado penso também que, ao ver-me como sou e com o que tenho, não poderia deixar de ser e ficar feliz e contente, se não me relembra-se da relação que tenho com eles e eles comigo. E por outro lado, é ver o que tenho e mesmo assim, questionar-me sobre... E se não tivesse pais? Ou... E se tivessem separados? E se... Tantas perguntas que me fritam a cabeça, na tentativa de entender o porquê de outras pessoas não terem pais, ou estarem divorciados ou seja o que for... E sinto-me mal por coisas que são problema dos outros. Quando falo dos meus pais, a alguém que, ou não se dá bem com eles, ou não os tem ou tem um e não tem o outro, fico como se me tivessem a esventrar de cima a baixo e só me apetece enterrar a cabeça debaixo da areia.

Quando vejo os outros meninos, sem pais, apetece-me dar-lhes o meu por empréstimo. Não quero que mos tirem, apenas usem-nos quanto tempo precisarem, mas depois devolvam-mos. Que também preciso deles.

Mas... Sou feliz com eles.